A presença crescente, na rede regular de ensino, de crianças com necessidades especiais, exige antes de tudo, uma mudança de atitude, não só dos professores, mas de toda a comunidade escolar. Sendo preciso reconhecer, questionar e quebrar preconceitos, estimulando generosidade, acolhimento e respeito. Trata- se de uma questão de diversidade. A função educativa dos recursos metodológicos é ampla e livre, portanto, ele orienta as atividades do professor proporcionando segurança. Recursos metodológicos e escola complementam-se, pelo ponto de vista que ambos têm a função maior que favorece na criança estímulos necessário para o seu amadurecimento enquanto pessoa. Esses recursos fazem com que a criança seja estimulada a viver em sociedade, recebendo as influências destas e também sendo um agente transformador, compreendendo a necessidade de participação e ajuda. Este trabalho tem como proposta verificar se os recursos pedagógicos utilizados em sala de aula no ensino da matemática desenvolvem as habilidades e uma aprendizagem efetiva das crianças portadoras de deficiência auditiva.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Deficiência auditiva é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.
No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência.
A deficiência auditiva pode ser classificada como: deficiência de transmissão ? quando o problema se localiza no ouvido externo ou no ouvido médio; deficiência mista ? quando o problema se localiza no ouvido médio. E deficiência interna ou sensório neural ? quando se origina no ouvido interno e no nervo auditivo. Ela se manifesta como:
- Surdez leve/ moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que dificulta, mas não impede o individuo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz humana, com ou sem a utilização de um aparelho auditivo;
- Surdez severa/ profunda: perda auditiva acima de 70 decibéis, que impede o individuo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como de adquirir, naturalmente, o código da língua oral.
RECURSOS PEDAGÓGICOS
Constantemente utilizado por professores e alunos o recurso pedagógico tornou-se um instrumento comum para o trabalho ensino. Embora sua utilização seja frequente e seja um instrumento de uso comum para professores e alunos, o recurso pedagógico traz diferentes graus de complexidade sobre aspectos inerentes que dizem respeito às possibilidades de aprendizagem encerradas no recurso.
O recurso pedagógico relaciona-se a "algo" concreto, um objeto concreto. Assim, pautado nessa definição, entende-se que uma brincadeira não seria um recurso, mas, sim, o brinquedo; um jogo não seria um recurso, mas as peças desse jogo, pois, ao se analisar a própria palavra jogo, constata-se que ela traz implícita a idéia da utilização das peças para uma atividade. Dessa forma, a definição de recurso se assemelha mais a um estímulo concreto que possa ser manipulável. Além disso, esse estímulo deverá ter uma finalidade, ou seja, deverá a esse estímulo ser atribuída a finalidade pedagógica.
Essa definição engloba diversos materiais desde que estes sejam objetos físicos, concretos, manipuláveis e utilizados com finalidade pedagógica. Fundamentados nessa definição, pode-se dizer que um apagador pode ser um recurso pedagógico, bem como, um computador, pois ambos possuem propriedades manipuláveis e podem conter uma finalidade pedagógica.
Podem-se apontar duas direções para utilizar o recurso pedagógico no processo de ensino. A primeira seria a avaliação, a segunda o ensino propriamente dito.
O ENSINO DA MATEMÁTICA, POR MEIO DE RECURSOS PEDAGÓGICOS, PARA OS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Ultimamente com o "boom" da inclusão social de pessoas com deficiências percebe- se o "boom" também de inovações tecnológicas e de diversos recursos automáticos e cibernéticos tanto no contexto gral como educacional, especificamente. No entanto, a utilização desses recursos está fora da realidade de muitas escolas públicas que hoje trabalham com pessoas deficientes e acabam por requerer do educador criatividade e maturidade para elaboração de técnicas e metodologias de ensino.
E por ser um mundo novo para esses profissionais da área de educação em Matemática eles acabam por sentir dificuldades na elaboração das aulas a serem expostas o que acaba por se refletir em sala de aula.
E por ser um mundo novo para esses profissionais da área de educação em Matemática eles acabam por sentir dificuldades na elaboração das aulas a serem expostas o que acaba por se refletir em sala de aula.
Com os deficientes auditivos essa situação se agrava, pois para os professores a comunicação oral continua sendo um dos maiores difusores de conhecimento em sala de aula. Essa se agrava mais ainda quando se tratam de alunos do ensino fundamental de 1ª a 4ª séries onde somente o conhecimento do professor associado com a disciplina não são suficientes para o ensino- aprendizagem eficiente dos alunos.
Por isso o educador deve criar métodos de ensino que potencialize outros mecanismos de comunicação do aluno, principalmente o visual.
Tarefa pouco fácil principalmente em se tratando do ensino da matemática. isso devido ás dificuldades que a maioria dos professores da área técnica possuem em adotar metodologias que prendam a atenção do aluno e que mostra a aplicação do que está sendo estudado que são de vital importância para que o processo de ensino- aprendizagem seja eficaz.
Observa- se a necessidade da instrumentalização dos educadores no sentido de promover uma ação pedagógica que contribuirá realmente para o desenvolvimento da criança.
Por meio dos recursos metodológicos as crianças desenvolvem auto- estima, imaginação, confiança, controle, criatividade, cooperação, senso de percepção e o relacionamento interpessoal, desta forma, evidencia- se que uma das características fundamentais dos recursos metodológicos é funcionar como veículo estimulador do desenvolvimento humano, agindo de forma global e integrada nesse processo.
Os recursos metodológicos são agentes de socialização, e como tais, proporcionam a criança e ao adulto o conviver, o trocar, o construir-se. Na troca de experiências com o outro, que a criança se expressa, se coloca, influencia, é influenciada, tem a capacidade de julgar e extrair suas próprias conclusões, equilibrando assim seus esquemas mentais e suas emoções.
REFERÊNCIAS
Botelho, Núbia. Oficina Pedagógica. São Luís: Apyntec, 2007
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais da Educação Especial Básica: MEC, 2001.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares / Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial ? Brasília: MEC/ SEF/ SEESP, 1999.
CHATEAU, Jean. O Jogo e a Criança. São Paulo: Sumus, 1987.
COELHO, Washington Luís Rocha. Educação Especial. São Luís: UEMA-NEAD, 2006.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais da Educação Especial Básica: MEC, 2001.
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CHATEAU, Jean. O Jogo e a Criança. São Paulo: Sumus, 1987.
COELHO, Washington Luís Rocha. Educação Especial. São Luís: UEMA-NEAD, 2006.
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